Diferenças Salariais de Gêneros

Desigualdade Social Entre Gêneros


  A diferença de salário entre homens e mulheres é um fenômeno mundial, mas a sua magnitude
pode variar entre os países. Existem vários
fatores que causam este diferencial salarial por gênero, sendo
os mais importantes: a segregação ocupacional e a discriminação no mercado de trabalho. Podem-se
observar facilmente diferenças por
gênero nas diferentes indústrias e nos diferentes tipos de ocupações.
Estas diferenças implicam grandes variações nos tipos de emprego das mulheres e dos homens.
Por exemplo, as mulheres estão, de uma forma geral, mais propensas a trabalhar no
setor de serviços, em
profissões
administrativas ou educativas.
A discriminação por
gênero ocorre quando pessoas igualmente produtivas prestam serviços ao mercado
de trabalho, mas são tratadas de forma diferenciada devido ao seu
gênero. Desigualdade significa que
estas pessoas recebem salários diferentes pelo mesmo trabalho realizado, ou se deparam com exigências
diferentes no serviço prestado a um mesmo nível salarial. Diversas teorias
econômicas sugerem que a
discriminação no mercado de trabalho não apenas resulta em uma redução dos salários do grupo
desfavorecido, como também em uma elevação dos salários do grupo favorecido.1
O gráfico abaixo apresenta a razão entre a média salarial por hora feminina e a média salarial masculina
ao longo da vida
profissional. O salário por hora é ajustado em função do número de anos de escolaridade,
da localização geográfica (por exemplo: estados ou zona urbana /rural) e raça. Os cálculos foram realizados
para três países: Brasil, África do Sul e Tailândia.




 Mulheres no Mercado de Trabalho


Foi a partir da entrada da mulher no mercado de trabalho que a descriminação ficou mais clara, pois ao vê dos homens isso fez com que destrua a antiga imagem da sociedade tradicional, com a mulher no seu papel de esposa, mãe, administradora do lar e educadora de filhos. Mesmo as mulheres tendo uma boa educação e um grau de escolaridade alto elas não eram empregadas. Os homens tinham receio de empregá-las e futuramente elas se desenvolverem nos cargos e eles “ficarem pra trás”. Por isso que a maioria das mulheres empregadas eram as que tinham menos escolaridade.
Foi a partir de 1933, graças ao aumento de exigências na competição por postos de trabalho essas mulheres com o 2º grau completo foram empregadas. Mesmo assim apresentavam taxas de desemprego duas vezes maiores que as masculinas.
Estatísticas mostram que o maior número de evasão feminina nas 4 primeiras serie do primeiro grau é superior á dos meninos, justamente nas series em que suas chances são maiores. Para os meninos é a partir da 5ª serie que se instala um maior nível de evasão, junto com a necessidade de exercer um trabalho. Mas foram as mulheres jovens que reduziram ainda mais que os homens jovens seu analfabetismo. Já as mulheres mais velhas, apresentam uma situação mais desfavorável que a dos homens velhos em termos de analfabetismo.


O aumento da participação da mulher como provedora da renda familiar deu um grande salto à
Partir dos anos 1970. Geralmente a inserção feminina no mercado de trabalho não diminui o papel da Mulher como mãe, esposa e responsável pela administração do lar.  Justamente devido aos diversos
Papeis desempenhados na sociedade pela mulher, a decisão de participar do mercado de trabalho acaba
sendo mais complexa que a masculina.
Dependendo do período abordado nos trabalhos empíricos, os principiais determinantes da
crescente presença da mulher na força de trabalho variam em importância entre queda da fecundidade,
proporção de mulheres como chefes de família , situação conjugal e idade . A única variável comum que apresenta grande relevância em
todos os trabalhos da área diz respeito ao aumento da escolaridade3.
No entanto, uma vez inserida no mercado de trabalho, a mulher apresenta uma média salarial
inferior à masculina, apesar de ter um nível médio de instrução maior. Mesmo com a redução da
diferença salarial entre homens e mulheres observada nos últimos anos, o primeiro grupo ganha em
média 60% a mais que o segundo 




Diferenças Salariais


Os brancos com nível superior de instrução aparecem em maior número. E analisando as diferenças salariais por nível educacional e gênero, nota-se a presença de descriminação por gênero e raça, não sendo os princípios de remuneração realmente universalistas (onde para trabalho igual haveria salário igual): na faixa dos que têm até um ano de instrução as mulheres atingem no máximo até 2 salários mínimos, enquanto parcela bem maior de homens alcança a faixa de 3 a 5 salários. De modo geral, quanto mais alta é a escolaridade maior é a renda, enquanto os homens sempre alcançam faixas salariais mais elevadas.
A condição educacional das mulheres alcançou, a partir dos anos setenta, a situação dos homens em todos os níveis do sistema educativos, permitindo ao Brasil abandonar o grupo de países que enfrentam deficiências educacionais gerais com discriminação de gênero.
Mais alguns justificam as desigualdades sociais entre os homens e as mulheres as características biológicas. E é necessário opor-se a esta argumentação. Assim, se faz necessário observar que a forma como essas características são representadas ou valorizadas, aquilo que se diz ou se pensa sobre elas é o que vai constituir o que é feminino ou masculino em uma dada sociedade e em um dado momento histórico. Desta forma, o debate se construiu, então, através de uma nova linguagem, na qual gênero foi um conceito fundamental.De outra parte, não negando a biologia, mas enfatizando a construção social e histórica produzida sobre as características biológicas. No gênero, a pratica social se dirige aos corpos e tal conceito pretende se referir ao modo como as características sexuais são representadas, ou como são trazidas para a pratica social e tornadas parte do processo histórico. Recolocou-se assim o debate no campo social, pois é nele que se reproduzem as relações desiguais entre sujeitos.


Desta forma, as desigualdades sociais devem ser analisadas não só nas diferenças biológicas, mas sim nos arranjos sociais, na historia, nas condições de acesso aos recursos da sociedade, nas formas de representação. Neste momento, deve-se focar gênero, ou seja, focar o constituinte da identidade dos sujeitos. Identidade, como conceito é muito complexo e pode ser visto sobre diferentes perspectivas. Os sujeitos como tendo identidades plurais, múltiplas, que se transforma que não são fixas e até contraditórias, o que leva o sentido de pertencimento a diferentes grupos.

Com tudo isso o Brasil é líder em Ranking de desigualdade salarial.
   









Diferenças salariais entre homens e mulheres na África:

Foi feito um relatório recentemente e o relatório mede a participação de homens e mulheres na sociedade de acordo com quatro critérios básicos: diferenças salariais e participação no mercado de trabalho, acesso à educação e nível de formação educacional, acesso à saúde e queda de índices de mortalidade, e por fim, participação política e posição em cargos de poder político.

A África do Sul e o Lesoto deram grandes passos em termos de redução das disparidades de gênero, passando a estar entre o top 10, sexto e décimo lugares, respectivamente. O acesso das mulheres a cargos parlamentares e ministeriais no novo governo também contribuiu para reduzir as diferenças de gênero na África do Sul.
O relatório mostra que uma participação igualitária das mulheres em relação aos homens em todos os aspectos da vida é essencial para criar uma economia competitiva e próspera.